Os corpos suados e entorpecentes tomam conta da minha visão limitada cruzando todos os lados por onde olho, e pela primeira vez, isto não é ruim. A lua ilumina o céu escuro, e o chão vibra no ritmo na música alta e extasiante. Sinto como se o mundo se movesse ao meu redor e meus pés movimentam-se acompanhando a batida vidrante. Os movimentos simultâneos acontecem em câmera lenta de acordo com o que meus olhos captam, e a essência da espontaneidade penetra em cada veia do meu corpo dançante. A melhor forma de superar, percebendo que existem pessoas no mundo que simplesmente não valem à pena, mas mesmo assim não deixar de perceber que existem oportunidades na vida que nunca devem ser passadas em vão. E enquanto eu vou aprendendo, eu continuo na pista.
Por Alexandre Tavares.